A Pátria em Cuecas é uma crónica de Pedro Mexia sobre como ele, Mexia, terá atravessado aquele inefável momento que a todos os putativos recrutas para o serviço militar obrigatório coube aguentar: o momento da inspeção. E é fraquinha a crónica. OK, dá para recordar os momentos deprimentes passados na companhia do resto dos "mancebos," a andar de um lado para o outro a toque de caixa. OK, a crónica está bem escrita. Mesmo. E tudo bem que a autoironia do Mexia às vezes tem real graça, apesar de todo o seu umbiguismo mas, por outro lado, ao fim de algum tempo essa autoironia umbiguista torna-se repetitiva e por isso aborrecida. É talvez o que aqui se passa. À terceira crónica, já se sabendo o que se vai encontrar, começa a insinuar-se na leitura uma certa vontade de bocejar. E isso, como se sabe, é fatal.
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