segunda-feira, 1 de junho de 2015

Lido: Dagon, nº 0

O Dagon foi um fanzine de ficção científica e fantasia (bem sei que os editores lhe chamavam "revista", mas não me parece que quer a forma de produção, quer o modo de comercialização, justifiquem essa designação), do qual foram publicados alguns números entre 2009 e 2013, com edição física e virtual, à exceção, julgo, deste nº 0 (bibliografia), que tanto quanto penso saber só teve edição virtual.

Digo com regularidade que, para mim, basta uma compilação de histórias e/ou artigos, seja revista, fanzine, coletânea ou antologia, incluir um texto que vale realmente a pena para que a publicação como um todo a valha. E é o que acontece aqui. O conto do Luís Filipe Silva e duas ou três peças de não-ficção justificam plenamente a leitura e a existência da publicação, mesmo que haja também nestas páginas alguns textos que deixam algo, ou muito, a desejar.

Globalmente, julgo que o conteúdo é razoável mas daí não passa. O ponto mais fraco talvez seja o enorme diferencial de qualidade entre os melhores textos e os piores, mas também a diagramação da maior parte dos textos apresenta falhas, por vezes gritantes (sobretudo nos poemas da Carla Ribeiro, "enlatados" em colunas quando deviam ter tido espaço para se espraiar à largura da página). Por outro lado, quem gosta de ilustração fantástica encontra aqui algumas imagens de regalar o olho.

Tenho vindo a comentar brevemente os vários textos ao longo dos últimos dias, num total de seis pequenos grupos. Eis o primeiro, o segundo, o terceiro, o quarto, o quinto e o sexto. E o que tenho mais a dizer sobre esta publicação encontra-se aí.

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