sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Lido: Ícaro Montgolfier Wright

Outra faceta na obra de Ray Bradbury, menos numerosa mas que também inclui várias histórias, são as homenagens a heróis pessoais, sejam estes literários, científicos ou exploradores. Ícaro Montgolfier Wright (bibliografia) insere-se nessa faceta, como de resto o próprio título já indica. Trata-se de um conto curto muito poético, praticamente um poema em prosa, muito onírico, desprovido daquilo a que propriamente se possa chamar uma história, que presta homenagem aos três grandes sonhadores e pioneiros do voo referenciados no título e, por seu intermédio, a todos os outros, e faz a ligação aos pioneiros futuros, pois ainda o eram na época em que o conto foi escrito, do voo espacial.

Este é daqueles contos que irá agradar sobretudo a quem é mais sensível à forma literária, pois é nisso que é mais forte. Aqueles que prefiram conteúdo, e sobretudo os que, entre eles, tenham pouca paciência para onirismos poéticos, mais que provavelmente não gostarão, a menos que a homenagem, muito explícita, os consiga sensibilizar. Quanto a mim, gostei. Não muito, sobretudo quando comparo este conto com o melhor que Bradbury fez nos anos 40-50 do século passado, mas gostei.

Contos anteriores deste livro:

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