Ao patamar superior, os braços. A doer. Apeteceu-lhe descer ainda. Entregar os passos a
quando a chave. Oleada de silêncio. Impôs-se. O primeiro volteio. E a breve ocultação de sombra pelo soalho.
Sim, aquele parágrafo está mesmo assim, não é gralha. Julgo que não custa perceber por que motivo eu considero este, de muito longe, o pior texto de todos os que compõem esta antologia. Há quem aprecie experimentalismos vácuos, malabarismos verbais sem nada que os sustente, esta noção disparatada de que literatura é feita de palavras e de mais coisíssima nenhuma. Pois que sejam felizes. Visto daqui, este tipo de coisa tem precisamente o mesmo valor da mais mal escrita literatura pastilha-elástica que se encontra aos pontapés no Wattpad: é muito, muito mau.
Contos anteriores deste livro:
É um prazer ler este blogue, é um prazer apreciar uma escrita que mostra uma alma cheia de conhecimento e fantasia.
ResponderEliminarE a ironia do autor é deveras atraente.
Quando recomeçar o ano letivo, portanto quando voltar para Lisboa irei imediatamente ler a/o Sally. Já agora, é possível encontrar nas lojas a antologia "por universos nunca dantes navegados"? É pessoas como o autor deste blogue que são as responsáveis por espalharem a magia pelo mundo.
Fernando Couto (rebeldiadefeituosa.wordpress.com)
Muito obrigado pelo elogio, que é sempre um embaraço receber.
EliminarQuanto à pergunta sobre o "Universos", e como eu, infelizmente, já não tenho nenhum exemplar dispensável, pode ser comprado no site da Lulu, em http://www.lulu.com/shop/luis-filipe-silva-ed/por-universos-nunca-dantes-navegados-2007/paperback/product-1825880.html
Não sei se contactando o Luís Filipe Silva, que foi o responsável pela edição, será possível obtê-la também.
Como prometera li agora a Sally (já sei que é uma e não um), para esclarecer como tive acesso ao livro, pois li agora a sua entrada recente em que se surpreende com os 4000 votos, requisitei-o nas bibliotecas municipais de Lisboa (há apenas um exemplar no Depósito Geral).
ResponderEliminarGostei do livro, um noturno sem delicadeza, "sem delicadeza" no sentido temático pois é extremamente delicado na linguagem e nas comparações, adorei o termo final "(...) o meu tempo bio-subjetivo".
Eu também recentemente escrevi um conto de FC acerca duma paixão no futuro, mas se houve algo de """científico""" que possa lá ter botado foram os meus conhecimentos linguísticos.
Continuação dum excelente trabalho e por favor escreva muitas mais Sallys,
Fernando Couto
Obrigado.
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