sábado, 8 de setembro de 2012

Sim, não são todos iguais

E hoje, precisamente hoje que ficámos a saber que vamos ser ainda mais roubados por este bando de canalhas que quem votou neles elegeu, precisamente hoje convém sublinhar isto:
Partidos, académicos, opinadores, ativistas que alertaram para os erros evidentes da receita do memorando - em si mesma e não apenas na intensidade da sua execução - foram invariavelmente desqualificados pela retórica política oficial e pelos fazedores de opinião sempre prestáveis aos poderes do momento. Eufóricos no seu galopante "rumo ao infinito e mais além", os troikistas disseram de quem repudiou o empobrecimento como receita para o enriquecimento, o desemprego como receita para o trabalho ou a emigração como receita para o triunfo que não passavam de um bando de irresponsáveis. Pois agora o País percebe com clareza de que lado estava afinal a irresponsabilidade.
Porque não, não são todos iguais. Porque não, este não era o único caminho. Porque houve, sim, quem alertasse e voltasse a alertar para este ser o resultado inevitável desta política completamente imbecil que esquece uma coisa tão básica na economia como sem poder de compra não existir mercado e sem mercado não existir economia e sem economia não existir a mais pálida possibilidade de reduzir o défice. Portanto o défice sobe. Inevitavelmente.

Porque há anos que há quem seja consequentemente contra o rumo que foi seguido primeiro pelo PS, depois por esta desgraça de coligação que vocês que neles votaram elegeram, e durante o tempo todo pelo bando de políticos mais medíocres, mais vendidos, mais burros que a Europa teve desde a Segunda Guerra Mundial, avisando e voltando a avisar que o resultado ia ser precisamente este.

Precisamente hoje há que recordar estes factos para ver se vocês acordam duma vez. E para ver se começam a fazer alguma coisa, em vez de se ficarem pelos lamentos nas redes sociais e pelas piadas sobre essa anedota nacional que é o Relvas. Podem começar por uma manifestação que está marcada para Lisboa, no próximo sábado, dia 15. Mas isso só pode ser o começo. Isto não mudará com uma manifestação. Mas tem de mudar, e temos de fazer o que for preciso para que isto mude.

O que for preciso. TUDO o que for preciso. Senão este bando de cretinos leva-nos a todos à miséria mais abjeta.

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