O Álvaro Gosta Muito de Levar no Cu, que de novo não é título mas primeiro verso, é um longo poema de Mário Cesariny de Vasconcelos que goza despudoradamente com Fernando Pessoa e seus heterónimos. Também se destina a chocar, como é evidente desde o início primeiro mas, ao contrário do que aconteceu com outro poema mais ou menos no mesmo tom, este tem mesmo graça, tanto pelas situações que imagina (os heterónimos, homossexualíssimos, todos a fornicar uns com os outros e com o pater de todos), como pela forma desbocada com que as descreve. Isto na primeira parte, pois divide-se em duas. Na segunda, em prosa, dedica-se a escaqueirar Aleister Crowley (com cujo nome não atina) e, já agora, o cristianismo, através da descrição de um ritual em que o papel do Nazareno é representado por um sapo. Delirante e, sim, muito divertido para quem tiver um sentido de humor com o seu quê de perverso.
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