sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Lido: O Quarto Azul

O Quarto Azul é um conto mundano de Prosper Mérimée, claramente escrito para divertir damas e cavalheiros da alta nobreza nos salões do tempo (segunda metade do século XIX). Conta a história de uma escapadinha de dois amantes, que partem de Paris, de comboio, para irem passar juntos um idílico fim-de-semana algures na província, longe de esposos e esposas e de olhares indiscretos, só para se verem perseguidos por uma série de azares centrados num misterioso e desconhecido cavalheiro inglês que, por calhar seguir na mesma direção e nos mesmos transportes, acaba por praticamente se lhes juntar numa companhia indesejada.

É um conto leve e superficial, com o seu interesse para quem gosta do género. Não é o meu caso, confesso, ainda que o conto talvez me tivesse divertido se não fosse a obsessão da tradutora por notas de rodapé: conseguiu enfiar 20, maioritariamente desnecessárias, numa história de 18 páginas. Achei razoável, não mais do que isso.

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