sábado, 24 de fevereiro de 2018

Lido: Os Músicos da Cidade de Bremen

Uma das imagens mais antigas que eu tenho guardadas na memória mostra uma série de quatro animais empoleirados em cima uns dos outros. Não me lembro de onde a vi pela primeira vez, nem de quando, mas lembro-me bem da sequência: em baixo está um burro, empoleirado no burro está um cão, às cavalitas do cão está um gato e no topo está um galo.

Muito mais tarde vim a descobrir que esta pilha de bicharada é um dos símbolos da cidade alemã de Bremen, que aparece em t-shirts e em estátuas, e que se baseia numa lenda da região.

Agora fico a caber que foi em duas versões desta lenda que os Irmãos Grimm pegaram para criar o continho Os Músicos da Cidade de Bremen, três páginas e meia sobre quatro animais já velhos e inúteis, que decidem associar-se e rumar a Bremen para ganhar a vida na cidade, mas acabam por ficar pela floresta depois de, graças a trabalho de equipa, expulsarem de uma casa um bando de ladrões.

É uma história com bom potencial para adaptações infantis e decerto terá sido de uma dessas que eu colhi a imagem. Mas a verdade é que, embora a imagem em si mesma me tenha perdurado na memória, a história não o fez. Ao ler este conto foi como se o estivesse a ler de novo. E, embora ele tenha algum interesse com o seu arquetípico grupo de criaturas díspares que se unem para alcançar um objetivo comum, explorando assim ao máximo as características próprias de cada uma (tantas vezes usado na literatura de aventuras, e muito em especial na fantasia), não creio que seja uma história particularmente boa precisamente por ser tão olvidável.

Contos anteriores deste livro:

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