Contos sobre livros, curiosamente, tendem a invocar mais nos autores a ideia de biblioteca do que a de livraria ou de qualquer outro local onde eles se reúnam em quantidades apreciáveis. É a conclusão que se pode tirar do facto de várias das histórias do início desta antologia se ambientarem em bibliotecas. E este Libris in Ténebris é mais uma dessas histórias.
E é um bom conto, julgo que mais fantástico do que de horror, muito embora Diana Sousa tenha sido bastante mais eficaz em imbuir o seu texto de uma tensão inquietante (que desfaz ao rematar o conto, num efeito bastante curioso) do que a autora do conto que o antecede e que tenta ser horror. Um bom conto, com ritmo, com um bom tratamento da língua, sobre livros que ganham vida longe dos olhares indiscretos, ideia que apesar de estar muito longe de ser original está aqui bem aplicada.
Contos anteriores deste livro:
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