Uma das formas clássicas de fazer a fusão entre a forma de contar histórias típica da fantasia e a ficção científica é ambientá-las num futuro distante, no qual um apocalipse qualquer fez regredir a tecnologia e a sociedade a formas de organização medievais ou ainda mais antigas, estando os elementos mágicos da história a cargo de velhos artefactos tecnológicos que, apesar de ainda se encontrarem mais ou menos funcionais, funcionam segundo princípios que as personagens deixaram por completo de conhecer.
Foi isso mesmo o que Ricardo Dias fez com o seu O Tomo de M, um continho interessante no qual um tal Krumm, o Magnífico, invade um templo dos bruxos de antigamente só para roubar um livro que, segundo as histórias, continha toda a sabedoria dos antigos. Não estando particularmente bem escrito, este conto, a escorrer ironia por vários poros, é no entanto francamente engraçado e tem o seu ponto alto no final, quando o leitor percebe o que realmente significa aquele M.
Contos anteriores deste livro:
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