Este Portas do Conhecimento é outro conto curioso e, embora pareça, não se baseia, uma vez mais, no velho cliché dos livros enquanto portais entre mundos. Não. Há uma pequena variante ao cliché, que não revelarei aqui porque não vale a pena e pode considerar-se spoiler. Uma pequena variante que também não é propriamente original mas em todo o caso evita que este conto de um Luís Corujo de quem eu nunca tinha lido nada siga um caminho demasiado previsível.
O conto leva-nos à Torre do Tombo, que o protagonista assalta de uma forma demasiado rápida e eficaz para ser realmente credível mas que a brevidade do conto (a qual fazia parte da proposta; não é por acaso que todos os contos desta antologia ocupam meras duas ou três páginas) torna inevitável. A ideia é encontrar qualquer coisa muito antiga de que anda à procura há muito tempo. Não ficamos a saber o quê nem propriamente o que acontece; o final do conto é aberto, apesar de conter uma sugestão de desfecho. Fica uma certa sensação de sabor a pouco, uma certa ânsia por informação adicional, mas este não é dos finais em aberto que o parecem ser por se ter esgotado ao autor o que dizer. E como o resto do conto também está bem estruturado e razoavelmente bem escrito, a opinião final é positiva. Não é obra-prima nenhuma mas é um conto com interesse.
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