segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Lido: O Enigma da Cartola

Uma das lacunas mais sérias na minha cultura literária é nunca ter lido Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll. O livro, traduzido, até está aqui ao lado, enterrado algures nas imensas pilhas de material para ler que fui acumulando, e tenho também a versão original em ebook, distribuída com um dos leitores de ebooks que descarreguei para o tablet, mas ainda não calhou pegar nele e lê-lo de fio a pavio.

Em parte isso deve-se a eu até já conhecer razoavelmente bem a história, graças a várias adaptações a vários media com que me fui cruzando ao longo da vida, especialmente em miúdo. Entre uma história que conheço mas no fundo se calhar nem conheço e outra que de certeza não conheço tenho até agora preferido sempre pegar nesta última, e a pobre Alice foi ficando para trás. Isso há de mudar um dia, espero eu. Até porque até que mude fico coxo quando encontro contos como este O Enigma da Cartola.

Porque esta história de Carina Portugal é declaradamente uma homenagem a Lewis Carroll e à sua obra mais conhecida.

E pareceu-me bem feita. Sem as fragilidades que tenho encontrado em outros contos da autora, e bastante fiel ao que conheço do universo e ambiente de Carroll, esta é uma historinha divertida sobre uma cartola que desaparece deixando no ar uma nuvem de suspeitas amalucadas quase tão substancial como o gato de Cheshire. E claro que no fim tudo se esclarece. Amalucadamente.

Não posso aferir ao certo até que ponto chega a fidelidade a Carroll, nem que grau de originalidade a Carina insufla nesta sua espécie de fanfic, se é que insufla alguma, pelo que não consigo formar uma opinião definitiva sobre ela. Mas não desgostei do que li.

Textos anteriores deste livro:

Sem comentários:

Enviar um comentário

Por motivos de spam persistente, todos os comentários neste blogue são moderados. Comentários legítimos passam, mas pode demorar algum tempo. Como sempre acontece, paga a maioria por uma minoria de abusadores. Parece ser assim que o mundo funciona, infelizmente.