O Alto, de Armando Silva Carvalho, é um... conto? fragmento? crónica?... enfim, um texto de pendor sobretudo surrealista que vai tocando ao de leve, numa prosa flutuante de borboleta a esvoaçar sobre nenúfares, numa miríade de assuntos e situações, mas sem se deter em nenhuma. Há nele ironia. Alguma. Mal chega para o sorriso. Há uma língua portuguesa bem tratada, o que, aliás, parece ser o objetivo principal. Há uns toques de fantástico, do mesmo género das girafas em chamas de Dali, embora com menos intensidade. Mas se há mais do que isso, eu não vi. O defeito talvez seja meu. É provável que sim.
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