O Rabo do Gato marca o regresso às lengalengas neste livro de Adolfo Coelho. Começa a história em jeito de fábula, com um gato que vai ao barbeiro para que este lhe fizesse a barba. Mas o barbeiro, talvez por bondade mas mais provavelmente por malícia, sugere-lhe que corte também um bocado do rabo pois assim ficaria mais bonito. O gato vai-se embora, mas depois lembra-se de que o barbeiro lhe ficou com o rabo e regressa para lho exigir de volta, ameaçando-o com o roubo de uma navalha em caso de nega. O barbeiro não devolve o rabo, o gato rouba a navalha e aqui começa a lengalenga, pois daí em diante a história vai seguir sempre este esquema: o gato empresta uma coisa, vai-se embora, volta atrás ameaçando com um roubo se a coisa não lhe for devolvida, esta não é e o gato lá se vai dali com outra coisa em sua posse, voltando ao início.
No mundo das lengalengas, esta até é capaz de ser das melhores, mas, claro, padece do mesmo mal de todas as outras: começa por ser repetitiva e acaba inconclusiva. O que eu começo a achar curioso é haver tantas...
Contos anteriores deste livro:
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