Mais uma história recolhida por Adolfo Coelho em Coimbra, este A Machadinha é um conto sobre gente avariada dos carretos. Começa com um casamento camponês, que se vai esvaziando de gente porque as pessoas vão umas atrás das outras à adega ver o que está a demorar as anteriores. E o que é? A machadinha do título, pois está claro, pendurada do teto. Fica tudo a contemplá-la pensando no que poderia acontecer se ela se desprendesse e caísse em cima de alguém. Só o noivo tem juízo, ri-se e raspa-se, partindo de viagem e deparando com gente desaparafusada em todo o lado. Acaba rico, volta para casa, casa com a noiva e despendura a machadinha do teto. Fim.
É um conto muito parvo, este, e sem grande motivo para ser integrado no amplo labirinto da literatura fantástica, ainda que o comportamento de praticamente todas as personagens seja tão insolitamente imbecil que talvez lá entre por essa via, a do insólito. Acaba por ser razoavelmente divertido, à maneira das anedotas parvas, e é esse o principal interesse que tem.
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