quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Em junho falou-se de...

Pois é, este vem bastante atrasado, e na verdade só aparece porque foi sendo escrito ao longo de vários dias, caso contrário não haveria tempo para ele. Consequências do que vem explicado aqui e aqui, como quem costuma acompanhar a Lâmpada e a viu parada durante mais de um mês facilmente poderá perceber. Quanto aos outros, os que são novos por aqui ou têm andado afastados, vão lá ler, vá. E aproveitem também para ir ler isto para perceberem o que este post é e para dar uma vista de olhos à tag leituras fc se quiserem passar uma vista de olhos pelos outros, anteriores e, a seu tempo, posteriores.

Como de costume, primeiro seguem as listas e a seguir virão os comentários que me deu na telha fazer sobre elas.

Ficção portuguesa:
  1. Desleais, de Ana Cláudia Dâmaso
  2. Imprudentes, de Ana Cláudia Dâmaso
  3. Rebeldes, de Ana Cláudia Dâmaso
  4. Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago
  5. Objecto Quase, de José Saramago
Ficção brasileira:
  1. Trasgo, Ano 1, org. ??
  2. Sob os Olhos do Delírio, de Fábio de Andrade
  3. A Província dos Ursos de Vento, de José Beffa
  4. A Vingaçna das Fêmaes de Lnuaris, de Luiz Bras (conto)
  5. Sozinho no Deserto Extremo, de Luiz Bras (2x)
  6. Cela 108, de André Cáceres
  7. A Máquina, de Adriana Falcão (conto)
  8. Corrosão, de Ricardo Labuto Gondim
  9. O Caçador Cibernético da Rua 13, de Fabio Kabral
  10. Indigesto: Contos Gástricos, de Flávio Karras
  11. Anacrônico, de Antony Magalhães
  12. O Caminho do Louco, de Alex Mandarino
  13. Encruzilhada, de Lúcio Manfredi
  14. O Disco I - A Viagem, de João Carlos Marinho
  15. Ictus Vitae, de Eduardo da C. Mendes
  16. Fome, de Tibor Moricz
  17. Contra Tempo, de Henri B. Neto
  18. Elevador 16, de Rodrigo de Oliveira
  19. Deixe as Estrelas Falarem, de Lady Sybylla
Ficção internacional:
  1. Guerra Americana, de Omar El Akkad
  2. O Poder, de Naomi Alderman (7x)
  3. Report on Probability A, de Brian Aldiss
  4. Ponto de Impacto, de Kevin J. Anderson
  5. Mundo sem Estrelas, de Poul Anderson
  6. Eu, Robô, de Isaac Asimov
  7. Histórias de Robôs, vol. 1, org. Isaac Asimov
  8. O Conto da Aia, de Margaret Atwood
  9. 4, 3, 2, 1, de Paul Auster
  10. Colony One, de Tarah Benner
  11. A Expansão, de Ezekiel Boone
  12. O Outro, de Jorge Luis Borges (conto)
  13. Alvorada Lunar, de Ben Bova
  14. Fahrenheit 451, de Ray Bradbury (5x)
  15. A Parábola do Semeador, de Octavia E. Butler
  16. Kindred: Laços de Sangue, de Octavia E. Butler (2x)
  17. Poeira Lunar, de Arthur C. Clarke
  18. Armada, de Ernest Cline
  19. Servidão Mental, de Robin Cook
  20. Jurassic Park, de Michael Crichton
  21. Nova, de Samuel R. Delany
  22. Fluam Minhas Lágrimas, Disse o Policial, de Philip K. Dick
  23. O Homem do Castelo Alto, de Philip K. Dick
  24. O Tempo Desconjuntado, de Philip K. Dick (3x)
  25. Será que os Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? / Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?, de Philip K. Dick (2x)
  26. Sonhos Elétricos, de Philip K. Dick
  27. Mortalha da Lamentação, de Tommy Donbavand
  28. Um Planeta em seu Giro Veloz, de Madeleine l'Engle (2x)
  29. Os Invasores de Corpos, de Jack Finney
  30. A Cruz de Fogo, de Diana Gabaldon
  31. The Ghost Line, de Andrew Neil-Gray e J. S. Herbison
  32. A Mão Esquerda da Escuridão, de Ursula K. Le Guin
  33. Os Humanos, de Matt Haig
  34. Um Estranho numa Terra Estranha, de Robert A. Heinlein (2x)
  35. Messias de Duna, de Frank Herbert
  36. Submissão, de Michel Houellebecq
  37. Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley (2x)
  38. O Macaco e a Essência, de Aldous Huxley
  39. Quando as Estrelas Caem, de Amie Kaufman e Meagan Spooner
  40. A Incendiária, de Stephen King (3x)
  41. Justiça Ancilar / Anciliary Justice, de Ann Leckie (5x)
  42. A Floresta Sombra, de Cixin Liu
  43. A Busca Onírica por Kadath, de H. P. Lovecraft
  44. A Tumba, de H. P. Lovecraft (conto)
  45. Dagon, de H. P. Lovecraft (conto)
  46. Uma Reminiscência do Dr. Samuel Johnson, de H. P. Lovecraft (conto)
  47. Warcross, de Marie Lu (2x)
  48. LoveStar, de Andri Snær Magnason (4x)
  49. Às Cegas, de Josh Malerman
  50. Cyberstorm, de Matthew Mather
  51. Cinder, de Marissa Meyer
  52. Cress, de Marissa Meyer
  53. Scarlet, de Marissa Meyer
  54. Winter, de Marissa Meyer
  55. Sobrevive, de Alexandra Oliva
  56. Quem Teme a Morte, de Nnedi Okorafor (2x)
  57. The Cure, de Robert Reed (conto)
  58. Destinos Divididos, de Veronica Roth
  59. A Missão do Contrabandista, de Greg Rucka
  60. O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry
  61. Encarcerados, de John Scalzi (3x)
  62. Guerra do Velho, de John Scalzi
  63. Head On, de John Scalzi
  64. Troopers da Morte, de Joe Schreiber
  65. Frankenstein, de Mary Shelley (2x)
  66. A Nuvem, de Neal Shusterman (2x)
  67. O Médico e o Monstro, de Robert Louis Stevenson
  68. Amatka, de Karin Tidbeck
  69. A Fire Upon the Deep, de Vernor Vinge
  70. Cama de Gato, de Kurt Vonnegut (2x)
  71. A Ilha do Dr. Moreau, de H. G. Wells
  72. Interferências, de Connie Willis
Não-ficção portuguesa:
  1. Mentes Digitais, de Arlindo Oliveira
Não-ficção internacional:
  1. 2001: Uma Odisseia no Espaço – Stanley Kubrick, Arthur C. Clarke e a Criação de uma Obra-Prima, de Michael Benson (2x)
  2. A Verdadeira História da Ficção Científica, de Adam Roberts (2x)
Os números vão subindo, não é? Não sei bem se é coisa da estação, se é fruto de eu cada vez deparar com mais fontes (algumas novas, outras que me passaram despercebidas até agora) para ir alimentando o Ficção Científica Literária, se é realmente consequência de uma maior quantidade de material publicado, mas sim, os números vão subindo. Especialmente tendo em conta que em junho aqui a Lâmpada já andava mais ou menos a meio gás, e portanto poucas das opiniões aqui listadas corresponderem a material produzido por mim, o que nem sempre aconteceu, em particular na componente lusófona da coisa.

Certo parece ser que os brasileiros têm andado a fazer o que tem de ser feito. Opiniões sobre 19 obras de 18 autores, das quais só uma das obras (e nenhum autor) aparece exclusivamente por meu intermédio, são uma subida considerável e, se estes números se sustentarem no futuro, parecem-me já muito aceitáveis. É certo que nem todos os textos têm a qualidade ideal e que em certos casos a abordagem parece ser mais a de pintar tudo a cor-de-rosa do que a de fornecer opiniões sólidas, mas não é menos certo que a quantidade tem de vir primeiro. Havendo quantidade, pode fazer-se a seleção da qualidade; não havendo quantidade não há possibilidade de seleção. E isto tanto se aplica às opiniões sobre o material publicado como ao material publicado propriamente dito.

Os portugueses, por outro lado... enfim...

O lado português da medalha é todo demasiado frágil. Tanto que nem dá para destacar algum fator, porque não é só a produção de material opinativo que falta, é também a produção de ficção propriamente dita. Não é nada de novo, é certo, e eu próprio tenho contribuído para ambos os problemas (que se alimentam um ao outro, num ciclo vicioso particularmente daninho), mas o contraste com o Brasil é cada vez mais acentuado e cada vez mais deprimente. A única nota contrastante a este panorama é o aparecimento de uma opinião a algo de raro: um ensaio português, relacionado não diretamente com a FC mas com temas que lhe são muito próximos.

Quanto a leituras internacionais, os destaques deste mês vão para Naomi Alderman, com sete opiniões ao seu O Poder, para Bradbury com cinco opiniões a Fahrenheit 451, para Dick, com oito opiniões a cinco livros seus, para Ann Leckie, também com cinco opiniões a Justiça Ancilar e finalmente para Scalzi, que também recolheu cinco opiniões, mas a três livros. Nem sempre é fácil distinguir o que nestes números é realmente orgânico do que é resultado de campanhas de marketing, mas todos estes autores parecem nos dias que correm ter o seu público, especialmente — de novo — no Brasil.

E assim vamos rumo ao mês seguinte. Julho também já virá atrasado mas, tal como junho, virá. Quando é que não posso ainda saber.

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