Como de costume, primeiro seguem as listas e a seguir virão os comentários que me deu na telha fazer sobre elas.
Ficção portuguesa:
- Desleais, de Ana Cláudia Dâmaso
- Imprudentes, de Ana Cláudia Dâmaso
- Rebeldes, de Ana Cláudia Dâmaso
- Ensaio Sobre a Cegueira, de José Saramago
- Objecto Quase, de José Saramago
- Trasgo, Ano 1, org. ??
- Sob os Olhos do Delírio, de Fábio de Andrade
- A Província dos Ursos de Vento, de José Beffa
- A Vingaçna das Fêmaes de Lnuaris, de Luiz Bras (conto)
- Sozinho no Deserto Extremo, de Luiz Bras (2x)
- Cela 108, de André Cáceres
- A Máquina, de Adriana Falcão (conto)
- Corrosão, de Ricardo Labuto Gondim
- O Caçador Cibernético da Rua 13, de Fabio Kabral
- Indigesto: Contos Gástricos, de Flávio Karras
- Anacrônico, de Antony Magalhães
- O Caminho do Louco, de Alex Mandarino
- Encruzilhada, de Lúcio Manfredi
- O Disco I - A Viagem, de João Carlos Marinho
- Ictus Vitae, de Eduardo da C. Mendes
- Fome, de Tibor Moricz
- Contra Tempo, de Henri B. Neto
- Elevador 16, de Rodrigo de Oliveira
- Deixe as Estrelas Falarem, de Lady Sybylla
- Guerra Americana, de Omar El Akkad
- O Poder, de Naomi Alderman (7x)
- Report on Probability A, de Brian Aldiss
- Ponto de Impacto, de Kevin J. Anderson
- Mundo sem Estrelas, de Poul Anderson
- Eu, Robô, de Isaac Asimov
- Histórias de Robôs, vol. 1, org. Isaac Asimov
- O Conto da Aia, de Margaret Atwood
- 4, 3, 2, 1, de Paul Auster
- Colony One, de Tarah Benner
- A Expansão, de Ezekiel Boone
- O Outro, de Jorge Luis Borges (conto)
- Alvorada Lunar, de Ben Bova
- Fahrenheit 451, de Ray Bradbury (5x)
- A Parábola do Semeador, de Octavia E. Butler
- Kindred: Laços de Sangue, de Octavia E. Butler (2x)
- Poeira Lunar, de Arthur C. Clarke
- Armada, de Ernest Cline
- Servidão Mental, de Robin Cook
- Jurassic Park, de Michael Crichton
- Nova, de Samuel R. Delany
- Fluam Minhas Lágrimas, Disse o Policial, de Philip K. Dick
- O Homem do Castelo Alto, de Philip K. Dick
- O Tempo Desconjuntado, de Philip K. Dick (3x)
- Será que os Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? / Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?, de Philip K. Dick (2x)
- Sonhos Elétricos, de Philip K. Dick
- Mortalha da Lamentação, de Tommy Donbavand
- Um Planeta em seu Giro Veloz, de Madeleine l'Engle (2x)
- Os Invasores de Corpos, de Jack Finney
- A Cruz de Fogo, de Diana Gabaldon
- The Ghost Line, de Andrew Neil-Gray e J. S. Herbison
- A Mão Esquerda da Escuridão, de Ursula K. Le Guin
- Os Humanos, de Matt Haig
- Um Estranho numa Terra Estranha, de Robert A. Heinlein (2x)
- Messias de Duna, de Frank Herbert
- Submissão, de Michel Houellebecq
- Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley (2x)
- O Macaco e a Essência, de Aldous Huxley
- Quando as Estrelas Caem, de Amie Kaufman e Meagan Spooner
- A Incendiária, de Stephen King (3x)
- Justiça Ancilar / Anciliary Justice, de Ann Leckie (5x)
- A Floresta Sombra, de Cixin Liu
- A Busca Onírica por Kadath, de H. P. Lovecraft
- A Tumba, de H. P. Lovecraft (conto)
- Dagon, de H. P. Lovecraft (conto)
- Uma Reminiscência do Dr. Samuel Johnson, de H. P. Lovecraft (conto)
- Warcross, de Marie Lu (2x)
- LoveStar, de Andri Snær Magnason (4x)
- Às Cegas, de Josh Malerman
- Cyberstorm, de Matthew Mather
- Cinder, de Marissa Meyer
- Cress, de Marissa Meyer
- Scarlet, de Marissa Meyer
- Winter, de Marissa Meyer
- Sobrevive, de Alexandra Oliva
- Quem Teme a Morte, de Nnedi Okorafor (2x)
- The Cure, de Robert Reed (conto)
- Destinos Divididos, de Veronica Roth
- A Missão do Contrabandista, de Greg Rucka
- O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry
- Encarcerados, de John Scalzi (3x)
- Guerra do Velho, de John Scalzi
- Head On, de John Scalzi
- Troopers da Morte, de Joe Schreiber
- Frankenstein, de Mary Shelley (2x)
- A Nuvem, de Neal Shusterman (2x)
- O Médico e o Monstro, de Robert Louis Stevenson
- Amatka, de Karin Tidbeck
- A Fire Upon the Deep, de Vernor Vinge
- Cama de Gato, de Kurt Vonnegut (2x)
- A Ilha do Dr. Moreau, de H. G. Wells
- Interferências, de Connie Willis
- Mentes Digitais, de Arlindo Oliveira
- 2001: Uma Odisseia no Espaço – Stanley Kubrick, Arthur C. Clarke e a Criação de uma Obra-Prima, de Michael Benson (2x)
- A Verdadeira História da Ficção Científica, de Adam Roberts (2x)
Certo parece ser que os brasileiros têm andado a fazer o que tem de ser feito. Opiniões sobre 19 obras de 18 autores, das quais só uma das obras (e nenhum autor) aparece exclusivamente por meu intermédio, são uma subida considerável e, se estes números se sustentarem no futuro, parecem-me já muito aceitáveis. É certo que nem todos os textos têm a qualidade ideal e que em certos casos a abordagem parece ser mais a de pintar tudo a cor-de-rosa do que a de fornecer opiniões sólidas, mas não é menos certo que a quantidade tem de vir primeiro. Havendo quantidade, pode fazer-se a seleção da qualidade; não havendo quantidade não há possibilidade de seleção. E isto tanto se aplica às opiniões sobre o material publicado como ao material publicado propriamente dito.
Os portugueses, por outro lado... enfim...
O lado português da medalha é todo demasiado frágil. Tanto que nem dá para destacar algum fator, porque não é só a produção de material opinativo que falta, é também a produção de ficção propriamente dita. Não é nada de novo, é certo, e eu próprio tenho contribuído para ambos os problemas (que se alimentam um ao outro, num ciclo vicioso particularmente daninho), mas o contraste com o Brasil é cada vez mais acentuado e cada vez mais deprimente. A única nota contrastante a este panorama é o aparecimento de uma opinião a algo de raro: um ensaio português, relacionado não diretamente com a FC mas com temas que lhe são muito próximos.
Quanto a leituras internacionais, os destaques deste mês vão para Naomi Alderman, com sete opiniões ao seu O Poder, para Bradbury com cinco opiniões a Fahrenheit 451, para Dick, com oito opiniões a cinco livros seus, para Ann Leckie, também com cinco opiniões a Justiça Ancilar e finalmente para Scalzi, que também recolheu cinco opiniões, mas a três livros. Nem sempre é fácil distinguir o que nestes números é realmente orgânico do que é resultado de campanhas de marketing, mas todos estes autores parecem nos dias que correm ter o seu público, especialmente — de novo — no Brasil.
E assim vamos rumo ao mês seguinte. Julho também já virá atrasado mas, tal como junho, virá. Quando é que não posso ainda saber.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Por motivos de spam persistente, todos os comentários neste blogue são moderados. Comentários legítimos passam, mas pode demorar algum tempo. Como sempre acontece, paga a maioria por uma minoria de abusadores. Parece ser assim que o mundo funciona, infelizmente.