Além disso, está bastante bem escrita mas não de uma forma que se conforme aos ditames que geralmente são brandidos nos meios ligados ao género. Há aqui muito pouco que seja mostrado, e muito, muito de contado — a história é contada em jeito de confissão, na primeira pessoa, por uma mulher que adere à seita na juventude e nela vive a vida inteira. Para mim, a coisa até funciona, mas surpreende-me que, com um público tão conservador no que toca às questões mais literárias das literaturas de género, esta história tenha conseguido alguma projeção. É certo que o Nébula é um prémio decidido por júri, mas mesmo assim...
O melhor que esta história tem é, além da literatura propriamente dita, funcionar bem como uma reflexão sobre a mortalidade... mesmo que não haja aqui imortalidade nenhuma. Não que nisso seja original. Mas parece-me que o faz bem. Que resulta. Não posso dizer que tenha gostado muito dela, mas até gostei até certo ponto.
Contos anteriores deste livro:
Caro Jorge, estive à procura do seu email e não o encontrei. Peço-lhe que me envie um email para pjunqueiralopes@letra1.com, por forma a que possa convidá-lo para colaborar com um espaço online.
ResponderEliminarObrigado
Boa noite, Jorge.
ResponderEliminarJá corrigi a mensagem de hoje, na sequência do comentário que deixou no meu blogue (http://acordo-ortográfico.blogspot.pt).
Abraço.
António Pereira