sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Lido: O Plano Maior que Ofusca o Céu e a Terra
O Plano Maior que Ofusca o Céu e a Terra (bib.) é uma noveleta de Bruce Holland Rogers que talvez seja mais adequado apelidar de compilação ou coletânea, visto que junta 11 pequenas histórias com tamanhos entre a vinheta e o conto curto. Desta vez sem grande coisa de fantástico, são historinhas que giram muito em torno do ecossistema escolar, ou pelo menos do ensino e aprendizagem, e de uma certa rebeldia suave, de um certo "não estou para respeitar estas regras, mas não me vou chatear por isso". Plenas de sensibilidade, com uma dose não irrelevante de nostalgia, nunca se chega a perceber bem de quê (talvez de uma infância perdida há muito?), e tão bem escritas como é costume no autor, são boas histórias, que acabam por compor um todo maior que as partes. Apesar disso, não foi este o texto de que mais gostei. Falta-lhe qualquer coisa para me cair no goto, um qualquer voo de imaginação que o arranque ao comezinho (o que, aliás, tem em comum com as duas histórias anteriores, globalmente intituladas "Simetrinas"). Não que as histórias sejam banais; as situações que lhes servem de base é que o são. Se fosse eu, teria encerrado o livro de outra forma, teria posto estas simetrinas noutra posição. São bons textos, mas julgo que há no livro outras histórias com bastante mais força, daquelas capazes de fazer com que um leitor feche o livro e murmure com os seus botões: "uau!"
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