Climbing the Tallest Tree in the World é um pequeno conto surrealista, de autor não creditado (não digam a ninguém: é o Rhys Hughes), sobre um grupo de gozões que num ataque de folia decide subir uma árvore. Só que a árvore não é como as outras e a subida leva-os a deparar com o inesperado e torna-se infinita, pelo menos para um deles. Muito onírico, tanto no mundo simplificado que apresenta como naquela espécie de impotência e isolamento, de repetição implacável da mesma situação insolúvel, façamos o que fizermos, que tão comuns são nos pesadelos, o conto vale principalmente, a meu ver, pela forma como está escrito. É incómodo, como um pesadelo é incómodo. Termina-se a leitura com aquela espécie de nervoso miudinho de um despertar banhado em suor. Tudo devido à forma como o conto está escrito.
Sim, gostei.
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