Primeira Mão é um continho irónico de Rui Zink, este com forte pegada fantástica. Trata do otimismo e do pessimismo e tem como protagonista e narrador um homem de tal forma mergulhado em problemas que tem até receio de poder ser morto a qualquer momento. O cenário é um bar, onde o protagonista conversa com um amigo. Aquele, é pessimista, ou se calhar realista; este, pelo contrário, é um firme crente na ideia de que se ignorarmos os problemas eles desaparecem automagicamente e tenta convencer o protagonista de que é assim que o mundo funciona. Com um sucesso, no mínimo, irónico, como vemos no fim.
É um bom continho. Um continho com moral, felizmente apenas implícita. Duvido é que neste mundo de avestruzes haja muitos capazes de a compreender. Isso, no entanto, não é defeito do conto.
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