quarta-feira, 20 de maio de 2015

Lido: 1º Concurso Cultural Cranik (terceira parte)

O Medalhão, de André Luís, é, de muito longe, o melhor conto de toda a coletânea. Bem escrito, com um estilo sincopado que, no entanto, tem a flexibilidade suficiente para intercalar frases mais longas quando necessário, e que se ajusta bem à ação violenta descrita, conta uma história sobre a força que tem o que tem de ser, misturando assaltos, medalhões mágicos e viagens no tempo. Falta-lhe corrigir algumas falhas (por exemplo, alguma inconsistência no tempo narrativo) para ser um conto realmente bom. Mas para lá caminha.

Nuada, o Lendário Rei Tuatha Dé Dannan, de Dione Maria Souto da Rosa, é um conto de fantasia céltica, bastante fraco, daquelas historinhas banais e românticas de amor instantâneo (nem é preciso juntar água), piorada com um longo infodump e diálogos pouco credíveis.

A Noite Misteriosa dos Mortos-Vivos, de Andrea Carvalho, é um conto de zombies e passa-se de noite, o que explica o título. Embora não tenha grande originalidade, pelo contrário, está razoavelmente bem escrito e, se nos abstrairmos de uma ou outra fragilidade, até que se lê com certo agrado. Não será um bom conto, mas é razoável.

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