Esta é uma leitura que, com uma outra de que falarei mais tarde, ficou esquecida. Já tem mais de um ano, e por esse motivo já está um pouco enevoada na memória, de modo que não irá seguir o esquema normal aqui na Lâmpada, antes será alvo de uns quantos posts em que falo resumidamente dos vários textos de que a revista é composta, aos três de cada vez, rematados por um post final e global.
Os Bons Tempos de Outrora, é o editorial, de Isaac Asimov, sobre precisamente o que o título indica. Nele, Asimov dá uma suave tareia nas pessoas que se mostram nostálgicas de tempos antigos, confrontando-as com as melhorias óbvias na qualidade de vida da generalidade da população moderna, e liga essa nostalgia ao preconceito contra a ficção científica. Um texto deprimentemente atual, apesar de já ter uns 40 anos.
Cartas, de vários. Uma secção típica deste tipo de revista, que por vezes tem bastante interesse. Não é o caso.
O Mundo Flutuante, de Victor Milán, é uma estranha noveleta, ambientada num futuro razoavelmente distante, pós-quarta guerra mundial, e num ambiente cultural muito japonês. O Mundo Flutuante é uma colónia orbital que parece assemelhar-se, até certo ponto, à estação espacial do filme 2001: Uma Odisseia no Espaço, e o tom da noveleta é introspetivo, apesar dos episódios de perigo iminente e ação que contém. Parte da sua estranheza vem daí. Milán parece ter querido principalmente fazer uma experiência sobre como a cultura tradicional japonesa se poderia adaptar a um futuro espacial e tecnologicamente sofisticado. Não creio que tenha sido inteiramente bem sucedido: achei esta história bastante aborrecida.
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