A Rainha Adormecida (bibliografia), de Cristina Flora, é talvez o mais estranho conto deste livro. Misturando algo de semelhante a ficção científica com uma espécie de fantasia hermética e sebastianista cheia de profecias e predestinações, Flora cria uma história em que a salvação do mundo num futuro longínquo depende da clonagem de uma velha rainha, obviamente portuguesa.
Apesar da ideia estapafúrdia, e embora tenha achado o conto ideologicamente lamentável, o certo é que ele está muito mais bem escrito e estruturado do que vários dos outros contos que o acompanham, o que faz com que não possa achá-lo mau. Não gostei de o ler, mas o conto não é mau.
No entanto, uma coisa é certa: esta história destoa do resto. Todas as outras são peças de história alternativa, ainda que no caso de algumas isso não passe de uma levíssima demão dada sobre as histórias a fim de as adaptar ao tema do livro. Aqui, nem isso existe. De história alternativa não há nem sinal. Esse facto não diminui em nada a história, mas torna-a pouco adequada ao volume em que veio publicada.
Contos anteriores deste livro:
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