domingo, 23 de outubro de 2022

Leiturtugas #175

E eis-nos de regresso ao dia certo para vos falar de mais Leiturtugas, agora que o motivo dos atrasos está basicamente arrumado e prestes a vir à luz do dia, e desta vez até há uma quantidade razoável delas.

Incluindo um dos nossos participantes oficiais, o Artur Coelho, que esta semana nos brindou não com uma mas com duas opiniões.

A primeira é uma daquelas opiniões sobre BD que ele resume no seu blogue e desenvolve mais noutro lado. A obra lida desta vez foi Uluru, álbum de Marco Fraga Silva, Mathieu Pereira e Sofia Silva, publicado este ano pela Tentáculo. É uma BD de ficção científica mas, sendo BD, conta como se não fosse, pelo que o Artur passa provisoriamente a 3c15s.

A segunda, publicada dias depois, é bastante diferente. Debruça-se sobre O Quarto Perdido do MOTELx, uma compilação de ensaios sobre os filmes portugueses exibidos no festival MOTELx, organizada por João Monteiro e Filipa Rosário e publicada também este ano pela CTLX. E o Artur conclui a semana com 3c16s.

Mas como nem só de participantes oficiais se fez a semana, passemos aos oficiosos.

Entre estes, a primeira a agraciar-nos com as suas opiniões sobre FC&F portuguesa foi a Maria Pinto, também em dose dupla. Quem tem seguido estas publicações, sabe que ela tem andado a ler os livros de José Saramago, e é isso mesmo que nos traz agora, falando-nos sobre dois romances de ou com FC. Um deles, a obra saramaguiana mais próxima da ficção científica, é o Ensaio Sobre a Cegueira, publicado originalmente pela Caminho em 1995. O outro é a sua (semi-)sequela, Ensaio Sobre a Lucidez, também publicado originalmente pela Caminho, mas em 2004. A Maria Pinto parece ter lido ambos os livros nas edições recentes da Porto Editora.

Depois apareceu uma publicação da Isabel Daires, contendo a sua opinião sobre algo invulgar nestas listas: um livro de poesia. Também publicado este ano, não é difícil supor que um livro com um título como Limbo, Inferno e Paraíso tem qualquer coisa a ver com esse aspeto da mitologia judaico-cristã, e lendo-se a opinião da Isabel conclui-se que a suposição é inteiramente correta. O autor é Nuno Dempster e o livro foi publicado pela Companhia das Ilhas. FC? Não há.

A opinião seguinte taz-nos mais fantasia e chega-nos pela mão da Daniela. Também publicado este ano, mas pela Suma de Letras, Shore Desvendado é um livro de autoria de M. G. Ferrey que já apareceu por aqui e que não parece incluir nada relacionado com FC.

Por fim, quem encerrou a semana foi o Nelson Zagalo, que opina desta sobre Cadernos da Água, de João Reis, mais um livro que já cá tivemos e mais um livro publicado este ano. Ao contrário das outras edições recentes, no entanto, este romance vai juntar-se aos dois do Saramago no grupo dos livros com FC e é único nesta nota por ter sido publicado pela Quetzal. O Nelson estreia-se aqui da melhor forma.

E por esta semana é tudo, e não se pode dizer que seja pouco. Até à próxima.

2 comentários:

  1. E este https://osrascunhos.com/2022/10/18/uluru-cronicas-do-tempo-e-do-espaco-marco-fraga-da-silva-matthieu-pereira-e-sofia-pereira/ :-)

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    1. Mesma razão: falta de etiqueta das Leiturtugas, supus que não fosse para incluir. Sai na próxima.

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