Há dias de tudo e mais umas botas por aí, já toda a gente sabe. Mas os dias relacionados com o livro parecem concentrar-se nesta altura do início da primavera do hemisfério norte, entre finais de março e todo o mês de abril. Hoje, 30 de março, é o dia do livro independente.
É uma iniciativa recente e razoavelmente oficiosa, nascida na Alemanha em 2013, mas parece-me interessante, apesar de haver alguma dificuldade em definir ao certo o que é um livro independente. Eles parecem adotar a versão mais lata, a de que livro independente é o livro editado por qualquer entidade que não faça parte de um grande grupo editorial, o que provavelmente vai das edições de autor a editoras estabelecidas e com anos de atividade como as portuguesas Saída de Emergência e Colibri ou a brasileira Draco, passando muito provavelmente pelas vanities (coisa de que a Colibri em certas ocasiões se aproxima, a bem dizer). São coisas muito, muito diferentes umas das outras, mas parece ser esse o âmbito que eles lhe dão.
Como não tenho tempo, influência e, francamente, paciência para tentar restringir um pouco mais o âmbito à coisa (se tivesse, a primeira coisa que faria seria excluir as vanities), pois que seja.
Mas isso quer dizer que toda a minha atividade literária tem sido feita no circuito independente, tanto as traduções como as edições de originais. E não tenho nenhum problema com isso, bem pelo contrário.
No entanto, a minha edição mais independente de todas é mesmo esta:
Foi tudo feito por mim, à parte a impressão propriamente dita. Mais independente do que isto, só mesmo tendo uma maquineta para imprimir livros.
E ainda há alguns exemplares por aqui. Querem um?
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