Em Pleno Romantismo é mais um texto de Mário de Sá-Carneiro em que ele regressa às suas obsessões mórbidas. Escrito em jeito de diário, contra a trágica e mui romântica história de um jovem narrador que se perde de amores por uma rapariga, tísica e prima de um colega seu, sabendo à partida que a paixão seria sol de pouca dura pois não havia cura para a doença da amada. Um texto muito bem escrito, com uma prosa já mais sólida do que a das primeiras ficções, mas ainda preso àquele romantismo trágico, cheio de facas e alguidares (embora neste caso apenas metafóricas) que se equilibra periclitante à beira do ridículo, quando não cai nele de cabeça. Este texto é dos que ainda se vão equilibrando... mas bastaria um mero sopro para perder o equilíbrio.
Contos anteriores deste livro:
Sem comentários:
Enviar um comentário
Por motivos de spam persistente, todos os comentários neste blogue são moderados. Comentários legítimos passam, mas pode demorar algum tempo. Como sempre acontece, paga a maioria por uma minoria de abusadores. Parece ser assim que o mundo funciona, infelizmente.