Felicidade Perdida é um continho de Mário de Sá-Carneiro, escrito em jeito de diário, sobre o ridículo das assolapadas paixões juvenis. Não se percebe bem se Sá-Carneiro se dá inteira conta do ridículo inerente ao que descreve, mas é claro que pelo menos se dá parcialmente. Talvez por isso coloque o diário na pena de um "amigo", que um dia no teatro troca olhares com uma jovem desconhecida e fica irremediavalmente louco de amores sem sequer trocar uma palavra com ela, se põe a procurá-la por meia Lisboa só para se dar conta de que... esqueceu por completo as suas feições.
O texto está bem escrito, mas não muito, e a história tem para mim o mérito de ser mais divertida (involuntariamente?) que trágica. Razoável.
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