Dan Rabarts está presente nesta antologia com dois contos.
Waking the Taniwha é uma história steampunk, aparentemente baseada no folclore maori, e por isso mais inclinada para as bandas da fantasia do que propriamente da ficção científica que deu à luz o subgénero. O protagonista é um tal Howard Faulkner, afamado caçador de monstros, que chega à Nova Zelândia colonial, oitocentista, para investigar relatórios sobre um monstro, o taniwha do título, que teria sido despertado e teria atacado e afundado (ou pelo menos feito desaparecer) um navio. É um conto curioso, misturando uma série de ideias provenientes dos sítios mais díspares, do referido folclore maori aos mechas, do steampunk ao Godzilla e às histórias de aventuras coloniais em paragens exóticas. E está bem executada, fundindo tudo isto num todo razoavelmente credível.
The Crooked Mile é uma história bastante diferente, mas talvez melhor. Ambientada no Oeste norte-americano, é uma história de horror, de cowboys e de feiticeiros, passando-se em parte num desfiladeiro assombrado que as pessoas de bom senso têm a inteligência de evitar. Também aqui a mistura de ideias díspares é fulcral. Rabarts pega nas histórias dos caçadores de recompensas do faroeste e mistura-lhes magia e necromância, e cria uma história convoluta que sustenta o interesse até ao fim usando muitíssimo bem a informação deturpada prestada pelos vários intervenientes na história, quase todos mentirosos. Rabarts é um escritor com verdadeiro interesse.
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