Cheguei a uma conclusão existencial: não sei ficar quieto. Pior: quando me vem uma ideia ela leva-me a chatear, e a chatear, e a chatear, até que a ponha em prática. Portanto, olhem, aqui está mais uma, o Fantástico Algarve:
Trata-se, desta vez, de um site bibliográfico algo especial, porque se destina a reunir sob um mesmo teto toda a produção fantástica que eu consiga encontrar vinda de autores nascidos ou radicados no Algarve. O objetivo último é tentar uma aproximação a uma resposta à pergunta feita no cabeçalho, mas isso é coisa de longo prazo. Até porque este projeto deverá avançar lentamente e manter-se parado durante períodos razoavelmente longos. E estará, claro, sempre incompleto.
Este é, de certa forma, um projeto derivado do Bibliowiki, e foi em parte criado com o objetivo de contribuir para o próprio Bibliowiki, numa retroalimentação circular que se espera produtiva.
Depara desde logo com um problema: a informação biográfica disponível sobre os autores lusófonos em geral e portugueses em particular é quase sempre bem mais escassa do que a dos seus congéneres estrangeiros, sobretudo dos americanos. Como consequência, procurando neste momento por "Algarve" na base de dados do Bibliowiki, chega-se a apenas 18 pessoas e, entre estas, só 10 são autores de ficção (os restantes são tradutores, ilustradores, autores de não-ficção, etc.). Em parte, isto deve-se a não contar com os radicados, em parte deve-se a lacunas na informação do Bibliowiki, que ainda tem bastantes autores e obras em falta, mas, mesmo assim, entre os autores já presentes no wiki e que não dispõem de nenhuma informação biográfica, e são muitos, deve haver certamente algumas dezenas com relação com o Algarve.
Parte do objetivo do Fantástico Algarve é, pois, suprir essas lacunas. A outra parte é identificar mais rapidamente o conjunto de obras fantásticas (em sentido amplo, englobando o fantástico propriamente dito, o maravilhoso, a ficção científica, o horror, a fantasia, o surrealismo, etc.) produzidas, total ou parcialmente, por estas pessoas. E com o tempo, talvez seja possível encontrar o que há (ou não) de Algarve nelas.
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