terça-feira, 13 de setembro de 2022

Irmãos Grimm: O Monte Simeli

Apesar de várias ameaças, foi com bastante surpresa que deparei com uma história claramente aparentada com a do Ali Babá neste livro dos Irmãos Grimm. Sim, que O Monte Simeli (que na verdade não se chama Simeli) e o Sésamo onde os quarenta ladrões guardam os tesouros roubados são irmãos gémeos.

Tal como no conto árabe, também aqui a montanha se abre com o recitar de um encantamento simples e direto, e também aqui o seu interior está cheio com os maiores tesouros. E também este é um conto sobre a cobiça e a capacidade, ou incapacidade, de gastar judiciosamente as riquezas que nos vêm parar às mãos, embora esta história seja muito mais simples e muito mais curta do que a do Ali Babá. Ou do que as versões que eu conheço, pelo menos. Ao contrário da história árabe, este é daqueles contos que contrastam as personalidades opostas de duas personagens, no caso dois irmãos, e o resultado que têm os atos a que essas personalidades levam. É um conto cautelar, semelhante a muitos outros.

Só a referência às Mil e Uma Noites lhe confere real interesse, na verdade. Mas pelo menos pela parte que me toca isso confere-lhe bastante interesse. Este é dos contos mais interessantes deste fim de livro.

Contos anteriores deste livro:

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