Já aqui falei várias vezes, num tom não propriamente abonatório, das farsas incluídas neste livro, quase invariavelmente protagonizadas por prodígios de estupidez e pelos canalhas que se aproveitam dessa estupidez para proveito próprio. Não sei bem se é por alguma predileção que os Irmãos Grimm pudessem ter tido por histórias dessas, se é mesmo qualquer característica da cultura alemã, mas o facto é que há várias nestes livros, e este Gente Esperta, como o título desde logo deixa entrever, é mais uma.
Camponeses, claro, e a fazer negócios, acabando endrominados por gente sem vestígio de escrúpulos. Supostamente a ideia é fazer rir os ouvintes ou leitores, mas comigo não funciona. No entanto, esta história é um pouco melhor do que as outras histórias destas que já ficaram para trás, uma vez que há um volte-face razoavelmente inesperado na trama. Mas só um pouco melhor, até porque a moral que nela se entrevê, a de que num mundo de canalhas há que ser canalha e meio, me é francamente repugnante.
Contos anteriores deste livro:
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