segunda-feira, 30 de maio de 2022

Irmãos Grimm: O Sol Brilhante Há de Trazê-lo à Luz do Dia

Este é mais um continho em que os Irmãos Grimm parecem ter intervido pouco ou nada, uma daquelas histórias que provavelmente saltaram quase sem alterações da voz do contador para as páginas deste livro. E é curioso por um motivo: é um conto com um judeu como personagem, mas onde este não assume o papel de vilão e sim de vítima.

O Sol Brilhante Há de Trazê-lo à Luz do Dia é a maldição que o judeu roga ao homem que o assassina por dinheiro que ele não tem, as últimas palavras da sua vida. E o conto narra muito rapidamente (tem pouco mais que uma página) esse assassinato e o que acontece depois. Traça-se em rápidas pinceladas a vida do assassino e narra-se com um pouco mais de detalhe como este acaba por ser descoberto.

Há mais um motivo para esta história ser curiosa: é que não existe nela o maravilhoso que tantas vezes se encontra nas histórias populares, mas não deixa por isso de ser uma história fantástica, pois fica a pairar a dúvida sobre se existe ou não alguma subtil magia na concretização da maldição. Todorov chamar-lhe-ia um figo.

Mas tirando esses detalhes, o conto não é nada de especial. Os detalhes chegam para lhe conferir algum interesse, mas só para isso.

Contos anteriores deste livro:

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