Este é divertido.
Uma fantasia urbana que parece ter sido fortemente influenciada por Harry Potter, esta história de Catarina Lima acompanha as andanças de uma bruxa lisboeta contemporânea que se vê obrigada a sacar de todos os truques que tem na manga para impedir a sua cidade de ser destruída pelo maremoto subsequente a um terramoto semelhante ao de 1755, apesar de acabarem por surgir uns mal-entendidos quanto à autoria do salvamento que dão origem ao título de Como Portugal Foi Salvo Pelos Pastéis de Nata (bibliografia). Sim, que nada no conto existe de trágico, apesar deste tema tão tremebundo; o tom é ligeiro do princípio ao fim.
Fiquei foi sem perceber como raio a salvação da cidade de Lisboa equivale à salvação de Portugal. Estará assim tão interiorizado na mente da Catarina o velho e muito disparatado adágio que apelida de paisagem tudo o que de Portugal não seja Lisboa? Ou terá ela simplesmente querido gozar com essa ideia? Não percebi, confesso.
Mas enfim, o que realmente importa é que o conto faz bem o que pretende fazer: diverte. E está bem escrito, apesar de ter umas quantas gralhas, num estilo plenamente adequado ao tema e ao tom. I.e., sem incorreções de monta e também sem burilamentos que fossem colidir com a linearidade necessária ao que se pretende.
Aprovado.
Contos anteriores desta publicação:
Sem comentários:
Enviar um comentário
Por motivos de spam persistente, todos os comentários neste blogue são moderados. Comentários legítimos passam, mas pode demorar algum tempo. Como sempre acontece, paga a maioria por uma minoria de abusadores. Parece ser assim que o mundo funciona, infelizmente.