Da fantasia com um levíssimo cheiro a FC passamos neste livro para uma espécie de FC a cheirar bastante a fantasia.
O tempo é futuro, indeterminadíssimo, mas depois de um cataclismo qualquer que reduziu o planeta Terra a uma espécie de planeta Mar, no qual os últimos resquícios da humanidade tentam a custo sobreviver. Já vimos tal cenário, inclusive no cinema (num filme muuuuito fraquinho chamado Waterworld, por exemplo), o que não teria grande problema se Miguel Carqueija tivesse usado o cenário para fazer alguma coisa de interessante.
Mas não.
Este A Casa do Medo parece uma história escrita apenas para apresentar o cenário, nada mais. O protagonista desperta e aborrece-se com a expetativa de mais um dia de rotina, olha pela janela e somos apresentados ao mar. Depois há um ataque de krakens apenas para mostrar quão perigosa é a vida dos últimos sobreviventes humanos, e o conto termina com um infodump que estabelece que se está no futuro e há lendas sobre um passado mais luminoso. E é só. Não há um verdadeiro enredo, uma verdadeira história, não temos emoção, nada.
Este conto é muito fraquinho. Muuuuuito fraquinho.
Conto anterior deste livro:
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