segunda-feira, 6 de junho de 2022

Leiturtugas #156

Mais uma semana que passou, trazendo consigo mais algumas Leiturtugas. Esta é a respetiva lista.

Pouca coisa entre os oficiais, só um tal Jorge Candeias a opinar sobre um pequeno conto publicado pela Fantasy & Co. em 2013. O título é O Pacto, o autor é Vítor Frazão, e trata-se de mais uma leitura sem nenhuma ficção científica, pelo que o Jorge passa a 0c2s.

Já entre os oficiosos a coisa esteve significativamente melhor.

Começou pela opinião do Nuno Ferreira sobre a recente coletânea de Luís Corte-Real publicada pela Saída de Emergência. Assim Falou a Serpente é mais um livro sem nenhuma FC, aparentemente.

Depois tivemos José Saramago, trazido pela mão da Marta. O livro alvo da opinião, lido não na edição original, da Caminho, datada de 1982, mas numa das edições recentes da Porto Editora, é Memorial do Convento, e também aqui não se encontra nenhuma FC.

Em seguida chegou uma opinião sobre um livro que eu à partida não incluiria nestas listas mas que resolvi incluir agora depois de ver que na opinião se fala de uma mãe fantasmagórica, o que pode remeter o conto respetivo para territórios no mínimo próximos do realismo mágico. Refiro-me à opinião de Catarina Augusto sobre a antologia Nome de Mãe, publicada já este ano pela Companhia das Letras.

Depois tivemos o obrigatório exemplar de literatura infanto-juvenil, desta feita trazido pela mão opinativa da Júlia Martins. O Meu Reino Por Uma Nuvem é uma criação de Nazaré de Sousa e Renata Bueno, foi publicado no ano passado pela Hipopótamos e está carregadinho de fantasia mas de FC não há lá sinal.

José Saramago regressa pela mão da Maria Pinto e chega logo em dose dupla, pois fala-se no artigo de dois dos romances do nosso nobelizado. Saramago por vezes incluía alguma FC nas suas obras, mas nem n'O Ano da Morte de Ricardo Reis, nem n'A Jangada de Pedra o fez. As edições originais destes livros saíram pela Caminho, em 1984 e 1986, respetivamente, mas quem os publica agora é a Porto Editora.

Se continuasse vivo, Saramago faria 100 anos este ano, pelo que iremos passar o ano a reencontrá-lo, quer em voz própria, através dos seus livros, quer por interposta pessoa, através de livros de outros. Como aquele de que fala o Paulo Nóbrega Serra, uma fotobiografia de Saramago com dois autores, nenhum dos quais português, intitulada Saramago - Os Seus Nomes. O livro foi publicado em abril último pela Porto Editora e os autores são Ricardo Viel e Alejandro García Schnetzer.

E ficamos por aqui?

Ficamos por aqui. Para a semana certamente haverá mais.

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