A maré de poemas continua, mas agora estamos de regresso à língua portuguesa, deixando o francês para trás.
Este Lusitania Expresso é um poema razoavelmente extenso, no qual Carlos Guilherme Riley usa as reminiscências de uma viagem pessoal para a Europa para manifestar choque e consternação pelos ataques terroristas de 11 de março em vários pontos do sistema ferroviário madrileno, especialmente mortíferos na estação de Atocha.
É uma visão pessoal de um acontecimento que hoje é já apenas histórico mas na época (esta edição é de 2004, o ano dos ataques) estava absolutamente fresco na vivência das pessoas. Dezoito anos é muito tempo, e ler este poema hoje é certamente diferente de lê-lo então. O impacto é muito menor e é muito maior a proporção de atenção dada à parte literária do texto face ao que ele tem de mais saído das entranhas, por assim dizer.
Não tenho nada contra os sentimentos expressos no poema, muito pelo contrário. Mas do poema propriamente dito não gostei muito. Felizmente, eu de poesia não percebo nada, portanto o que gosto ou deixo de gostar pouco importa.
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