Pois que li este O Padre Alentejano (bibliografia), sim senhor, e agora quero um livro inteiro cheio das aventuras e desventuras e casos e descasos e desastres provocados pelo padre alentejano! Mas assim, tipo, já!
Mas claro que não vai acontecer. Mário de Carvalho há muito que partiu para outra, deixando para trás o Beco das Sardinheiras e os insólitos que lá se passam. Para ele, o padre alentejano será apenas mais um desses insólitos. Mas é pena, muita pena. É uma personagem e peras; bem desenvolvida dava pano para muitas mangas.
Pois que o padre alentejano aparece no Beco das Sardinheiras, recém-responsável pela paróquia do lugar, e perdoe-se-me o facto de me referir a ele sempre como vem no título mas Mário de Carvalho, que dá nome a quase toda a gente, resolveu não lhe dar nome algum. Ora acontece que o padre é um tipo estranho. É um padre inventor, passando mais tempo às voltas com experiências e criatividades de todos os tipos do que propriamente com as necessidades espirituais da paróquia. Não será o primeiro, e não só na ficção, mas é francamente engraçado porque as experiências que faz e as coisas que inventa tendem a ter efeitos secundários bastante imprevistos. E bastante destrutivos também. Tanto que acabam por correr com ele.
E para mim esta história ainda tem o bónus adicional de trazer um leve odor a ficção científica. É mesmo porreirinha, portanto. Soube-me a pouco, mas é mesmo, mesmo porreirinha.
Contos anteriores deste livro:
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