Nunca tinha ligado ao prémio que a Bertrand instituiu para escolher o livro do ano. Não surpreende: o prémio é recente e demasiado generalista para me despertar a curiosidade imediata, pois premeia (pelo menos este ano, que isto das categorias dos prémios é coisa fluida) "ficção lusófona", "ficção de autores estrangeiros", "reedição de obras essenciais" e "poesia". Mas a estrutura que criaram para o prémio é razoavelmente interessante: há uma pré-seleção de títulos, feita (este ano) por dois jornalistas, entre estes títulos pré-selecionados os livreiros da Bertrand votam nos seus preferidos, escolhendo assim os finalistas, e entre os finalistas será o público leitor a escolher os vencedores.
Mas este ano tive uma surpresa: um dos finalistas é um romance de ficção científica.
Trata-se de Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, a concurso na categoria de "reedição de obras essenciais". Imagino que esta imagem aqui em cima já tinha servido vagamente como pista...
Ena!
Ah, sim, e também lá anda um livro traduzido por mim (Sangue & Fogo, do Martin), na categoria de "ficção de autores estrangeiros", o que também tem a sua pintarola. Mas o que me deixou mesmo meio boquiaberto foi o Bradbury.
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