quinta-feira, 16 de maio de 2019

Lido: Avelino Arredondo

Avelino Arredondo, aparentemente, é uma daquelas histórias em que a efabulação se mistura com os factos históricos de uma forma que torna difícil separar uma coisa da outra. A base é verídica: Avelino Arredondo existiu mesmo e foi mesmo o assassino de Juan Idiarte Borda, presidente do Uruguai. Os factos narrados nesta história também parecem ser genericamente verídicos. Já aquilo que de subjetivo ela contém, os estados de espírito do assassino, as suas ideias e motivações, são aparentemente ficcionais, se não todos, pelo menos a maioria.

O conto é curto, como quase todos os que constroem este livro de Jorge Luis Borges e, também como a maioria dos restantes, interessante. Conta os últimos dias da vida de Avelino antes de cometer o assassínio que o viria a tornar famoso. Mas quando eu leio Borges estou sempre à espera de um rasgo qualquer, de algo de especial, e aqui não o encontrei. É uma história quase documental, contada com objetividade e segurança, mas não é nada de extraordinário.

Contos anteriores deste livro:

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