De Paolo G. di Filippo, ou melhor, de Paul di Filippo, já tinha lido algumas coisas antes desta, contos, geralmente muito bons, de uma espécie de FC repleta de uma biologia descontrolada e muito metamorfoseante, algo semelhante a algumas das histórias do João Barreiros. Numa palavra: ribofunk. Assim, esperava encontrar nesta Síndroma do Rodovalho (bibliografia) qualquer coisa de semelhante. Desiludi-me.
Não que a biologia descontrolada e metamorfoseante esteja ausente daqui. Pelo contrário, a história baseia-se fortemente nela, pois revela uma doença que consiste em as vítimas possuírem órgãos vagabundos, sendo infinitamente variáveis os órgãos afetados e os lugares para onde eles se deslocam. O problema é que Filippo parece mais interessado em produzir gags do que em desenvolver a ideia com alguma consistência, o que não teria nenhum problema se tivesse sido bem sucedido nos gags. Mas não foi. Ou pelo menos a mim não divertiram; sendo o sentido de humor o que é a possibilidade de outras pessoas acharem isto hilariante é impossível de descartar.
Comigo é que decididamente não funcionou. Saí desta leitura muito pouco satisfeito.
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