E de repente, no meio de contos longos e noveletas, eis que surge um miniconto de sete linhas pouco densas. Julgo nunca ter lido nada de I. A. Ireland, mas este Final Para um Conto Fantástico (bibliografia) deixou-me bem impressionado. É daqueles mini e microcontos que conseguem deixar nas entrelinhas toda uma história, significativamente mais ampla do que a extrema brevidade do texto tem espaço para deixar explícito. Escrevê-los com eficácia é uma arte em si mesma, e Ireland, pelos vistos, sabia bem o que estava a fazer. Ainda por cima consegue que o final seja surpreendente.
E sim, ele funcionaria perfeitamente bem como um final para um conto fantástico. Um conto fantástico da variedade fantasmagórica, provavelmente. Bastante bom.
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