De Borges saltamos para Eça, que Urbano Bettencourt é muito pós-moderno na forma como enche as suas ficções de referências literárias e nos traz desta vez Fradique Mendes, julgo que em versão queirosiana (mas também pode ser de algum dos outros escritores que se serviram da personagem, ou de todos, ou se calhar de nenhum), no mais extenso destes seus minicontos.
Mas este Fradique e o Desconcerto do Mundo é um pouco mais colado ao original do que aconteceu com as referências anteriores. Na verdade, este continho mais me parece um pastiche, no qual Bettencourt parece procurar escrever o que e como Eça (pela voz de Fradique Mendes) escreveria. Não aprecio grandemente a técnica e não conheço bem o suficiente a personagem para fazer uma avaliação minimamente capaz deste continho, pelo que só posso dizer que este me deixou profundamente indiferente.
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