terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Lido: Ibêje-Ìbeji

Oh diabo! Que fez a Alexandra Pereira às dedicatórias? Dois contos consecutivos sem nenhuma?! Estará bem, ela?

Bom, mas vamos ao que interessa: o conto. Ibêje-Ìbeji é um conto luso-brasileiro (com passagem por África e pelo Japão) sobre um par de gémeos cearenses que vêm a Portugal à procura da avó que nunca conheceram. E é um conto bem contado, escrito de uma forma sinuosa mas que nunca perde o rumo, no qual há apenas um elemento de irritação para o leitor que eu sou: a exageradíssima transcrição fonética (portuguesa, claro) do sotaque brasileiro dos dois manos, sem correspondência em nenhuma outra personagem. Percebe-se a vontade de introduzir um pouco de humor mas, como diria o outro, não havia necessidade.

Ignorando esse detalhe, é um conto bom e bem escrito, dos mais extensos do livro, um conto ternurento sobre os zigues e os zagues das vidas e dos trajetos que elas escolhem. Sobre encontros e desencontros entre pessoas e territórios. E não, caso estejam curiosos: ao contrário de vários dos outros este nada tem de fantástico.

Contos anteriores deste livro:

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