Não conhecem o Ficção Científica Literária?
É um projeto que eu tenho há algum tempo, destinado a divulgar o que se vai publicando por aí em língua portuguesa sobre a ficção científica na literatura e à volta dela. Desenvolvido originalmente no scoop.it, transferi-o para blogue em maio deste ano porque o scoop.it ganhou a mania de fazer alterações que me prejudicavam o trabalho sem dar cavaco nem resposta.
Desde maio deste ano, portanto, venho publicando lá links para o que vou encontrando por aí sobre FC, em português e na rede aberta (isto é, fora de facebooks, goodreads, skoobs e quejandos), agrupados em conjuntos de cinco ou até preencher o espaço que o Blogger destina a etiquetas. Ao todo, já foram publicados 476 posts. Isso corresponde a uns 2200 links. Ou seja: no espaço destes oito meses (ou menos: não comecei logo a 1 de maio), consegui detetar mais de 2200 artigos e posts em português, relacionados de alguma forma com a ficção científica na literatura, e com toda a certeza haverá mais em que eu não reparei.
A 16 de dezembro comecei também a incluir nas etiquetas informação sobre as publicações que publicam o material. Essa parte da coisa tem, portanto, apenas meio mês de existência. Mas a lista de publicações já chegou às 104.
A maior parte do material é brasileiro, naturalmente. Não só o Brasil tem bastante mais gente que Portugal e é, além de Portugal, o único país lusófono que parece ter uma blogosfera literária (ou uma internet, em geral) minimamente desenvolvida, como atravessa um boom de publicação de ficção científica, tanto produzida lá como traduzida. Dos 476 posts publicados no FCL, 453 fazem alguma referência ao Brasil. Os que fazem referência a Portugal são 391, e embora haja alguma diferença em opiniões e notícias de lançamentos, ela deriva muito em especial da muito menor produção portuguesa de artigos, e da inexistência de podcasts e quase inexistência de vídeos, pelo menos que sejam divulgados na rede aberta.
Seja como for, estes são números que deviam deixar a pensar quem anda constantemente a queixar-se de que não há nada, não se faz nada, não se diz nada, não nada. Devia haver mais? Devia. Devia sempre. Em quantidade, em qualidade e em variedade. Mas daí a não haver nada vai uma distância considerável.
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