Um dos aspetos mais interessantes desta antologia de literatura fantástica que tenho andado a ler é sair um pouco do tradicional eixo linguístico anglo-franco-alemão, integrando alguns textos e autores de outras proveniências. Nomeadamente do oriente. É o caso deste Sennin (bibliografia), do japonês Akutagawa Ryunosuke.
A princípio, o conto nada parece ter de fantástico, embora tenha bastante de insólito. Narra a história de um homem que procura emprego como sennin e da família de aproveitadores que lho dá. Por assim dizer. É que sennin é um mago imortal e eremita, e a família que lhe dá trabalho não lhe dá emprego, dizendo-lhe apenas que se trabalhar para eles sem ganhar qualquer salário durante vinte anos, no fim desse período lhe ensinam a ser sennin. A família, ou antes, a mulher do casal, que o homem é razoavelmente boa pessoa... só razoavelmente porque afinal de contas cede ao maquiavelismo da mulher e aproveita-se da situação tanto quanto ela. Claro que nem um nem o outro faz a mais pequena ideia de como se passa a ser sennin; querem apenas explorar o desgraçado.
E quando acaba o período de exploração, ela, completa psicopata, ordena-lhe que suba a uma árvore e se largue. Porque é assim que se torna sennin, diz-lhe. Porque é assim que se vai ver livre dele, pensa. Mas tem uma surpresa.
O que este conto tem de mais interessante é mostrar uma abordagem ao fantástico e um conjunto de atitudes perante as coisas que são simultaneamente absolutamente idênticas e bastante diferentes das ocidentais. Não creio que se trate de um grande conto, não é daqueles que me irão perdurar na memória. Mas é bom.
Textos anteriores deste livro:
A princípio, o conto nada parece ter de fantástico, embora tenha bastante de insólito. Narra a história de um homem que procura emprego como sennin e da família de aproveitadores que lho dá. Por assim dizer. É que sennin é um mago imortal e eremita, e a família que lhe dá trabalho não lhe dá emprego, dizendo-lhe apenas que se trabalhar para eles sem ganhar qualquer salário durante vinte anos, no fim desse período lhe ensinam a ser sennin. A família, ou antes, a mulher do casal, que o homem é razoavelmente boa pessoa... só razoavelmente porque afinal de contas cede ao maquiavelismo da mulher e aproveita-se da situação tanto quanto ela. Claro que nem um nem o outro faz a mais pequena ideia de como se passa a ser sennin; querem apenas explorar o desgraçado.
E quando acaba o período de exploração, ela, completa psicopata, ordena-lhe que suba a uma árvore e se largue. Porque é assim que se torna sennin, diz-lhe. Porque é assim que se vai ver livre dele, pensa. Mas tem uma surpresa.
O que este conto tem de mais interessante é mostrar uma abordagem ao fantástico e um conjunto de atitudes perante as coisas que são simultaneamente absolutamente idênticas e bastante diferentes das ocidentais. Não creio que se trate de um grande conto, não é daqueles que me irão perdurar na memória. Mas é bom.
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