sábado, 12 de outubro de 2019

Têssevê: Na Noite de Halloween

Já não é o primeiro texto deste livro que mostra uma pegada francamente infantojuvenil, usando uma forma mais propícia a ser contada em voz alta a criancinhas de olhos redondos do que propriamente a ser lida por adultos pelos olhos dos quais já passou muita coisa diferente. Como eu. Suponho que outra coisa dificilmente seria de esperar de algo com o título de Na Noite de Halloween (bibliografia), tradição alheia em que os miúdos desempenham papel de relevo e que vai invadindo também este retângulo, sobretudo porque convém a quem tem coisas para vender. Ou seja, não é surpreendente que Tessevê (pseudónimo de Natália Vale) tenha seguido esse caminho. A pergunta é: seguiu-o bem?

Bem... mais ou menos. Embora de uma maneira geral sejam corretos, há nestes versos problemas de ritmo que teriam impacto negativo quando se tentasse dizê-los em voz alta, e há também aqui e ali algumas palavras desnecessariamente complicadas, que teriam de ser explicadas à maioria dos miúdos. Há situações em que a simplicidade é desejável, e esta é uma dessas situações. Mas apesar do que ficou dito, este não é um mau texto.

Textos anteriores deste livro:

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