Pedro e Pedrito é mais um conto recolhido em Coimbra por Adolfo Coelho e, talvez por causa disso, tem uma elaboração literária superior ao que é comum encontrar-se nestas histórias. Mas só em termos de texto propriamente dito, pois a narrativa é tão apressada tem sido em tantos outros destes contos portugueses, deixando a sensação de que ficou aqui muito pano por transformar em mangas.
Trata-se de um conto sobre a lealdade. Pedro é rei e Pedrito não é, mas é seu irmão de leite, e leal sem falta, o que o leva a pôr-se em risco para salvar o rei quando ouve por acaso uma conversa que indica que o este pode vir a morrer. Duas ou três peripécias depois, incluindo umas inconvenientes transformações em pedra, os dois revelam-se leais um ao outro e tudo acaba em bem. Expandida e acrescentada de alguns elementos, esta história podia vir a ser interessante, mas como está aqui não o é lá muito. A extrema brevidade não costuma dar-se lá muito bem com enredos complexos.
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