Após um breve artigo, Alexandra Pereira volta aos contos (mas não às dedicatórias). Na Metade do Meio é uma vinheta muito bem escrita que tem como base o determinismo e a leitura, aquilo que está escrito no sentido teleológico da expressão, ainda que essa base seja usada muito mais como artifício literário do que propriamente como desenvolvimento de um ideário filosófico. Em duas páginas, conta-se a história de um estranho homem que convida um amigo a ir ver onde vive, num ambiente bastante surreal. O amigo vai, e vê. E é só isso, ao mesmo tempo que é bastante mais do que isso.
Não é nada fácil falar muito mais deste conto sem o revelar por completo, o que não seria bom visto que o seu enredo se sustenta na reviravolta final, portanto vou apenas acrescentar que sim, é um bom conto. Um bom conto fantástico. Mais um.
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