Em Sombra continuamos em território de minicontos, que Carina Portugal resolveu reunir a algumas vinhetas mais curtas e publicar como uma espécie de compilação dentro da compilação que é este livro. Não sei se gosto da ideia, francamente. Algumas destas histórias ganhariam mais se ladeadas por contos mais extensos do que incluídas num conjunto de histórias muito curtas, parece-me, e esta é uma delas.
É sobre uma sombra, obviamente. Uma sombra sobrenatural, ao que parece, que aparece e desaparece consoante a lua brilha ou é coberta pelas nuvens. Há um certo ambiente de mau agouro ou de perigo. Mas é só. O conto, embora esteja bem escrito, é demasiado curto para ir mais além. É demasiado curto e preocupa-se mais com a beleza da frase do que com o impacto de cada palavra.
Poderia ser um texto interessante intercalado entre dois contos mais longos e mais pesados. Um texto para descomprimir. O contraste ajudá-lo-ia. Assim, metido como está no meio de outros textos semelhantes, pelo menos em extensão, perde-se bastante. Foi conto que li e esqueci quase de imediato, e isso não é bom.
Textos anteriores deste livro:
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