quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Lido: Pulp Feek, nº 2

Em março deste ano falei (muito atrasado) da opinião com que fiquei após a leitura do número 1 da Pulp Feek, e muito do que aí digo aplica-se também e esta Pulp Feek nº 2. Em particular, o que digo sobre a ideia geral do periódico, sobre a ideia de serializar quase todo o conteúdo e sobre a abordagem pulp. Nesse mesmo post prometo também para o número dois um desenvolvimento maior da ideia da publicação e, como o prometido é devido, aqui está ele.

Quando falei do nº 1 disse que a ideia base desta publicação era, por um lado, abordar as histórias de uma forma pulp e, por outro, publicá-las maioritariamente de forma serializada. Acrescentei que havia ainda um terceiro elemento, pois o comentário ao número 1 não era suficiente para que este elemento se percebesse sem grandes explicações adicionais. Agora, se vos disser que o número 1 contém apenas histórias de fantasia épica e espada e magia, ao passo que este só contém histórias de ficção científica, já se torna simples: cada número é especializado no género que cobre.

E isso tem como consequência que a serialização, que noutra publicação qualquer se faz em números consecutivos, aqui não. Para se ler a sequência da história x é necessário esperar até ao número seguinte dedicado ao género da história x, o que torna a demora muito maior e exacerba todos os defeitos da ideia de serializar ficção. Se a ideia de subdividir uma publicação periódica em edições especializadas não é necessariamente má, a ideia de o fazer numa publicação que coloca um foco grande na serialização da ficção é péssima.

Consequentemente, claro que não vou comentar os dois inícios de contos que aqui se encontram, além de dizer que o primeiro, do Alaor Rocha, é prometedor, pois a qualidade da escrita, pelo menos, parece estar vários degraus acima dos outros textos que li até agora (parcial ou completamente) nesta publicação. Na verdade, os textos de ficção pareceram-me em geral mais interessantes do que os do número 1. Mas lá está: dois deles, sendo apenas inícios, pouco contam para as contas globais. E como em sentido inverso os artigos me pareceram mais fracos do que os do primeiro número, a apreciação geral deste número não é boa. Também não é má, propriamente, mas...

Eis o que achei do único conto completo desta edição:
Esta publicação esteve disponível gratuitamente online, aqui, mas parece já não ser possível encontrá-la.

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